O movimento anti-islâmico Pegida (Patriotas Europeus contra a Islamização do Ocidente) atrai cada vez mais adeptos na Alemanha, sobretudo no Leste do país. Na última segunda-feira, 17.500 pessoas foram às ruas de Dresden protestar contra a “islamização” da Alemanha. O ritual das manifestações, que acontecem sempre nesse dia, tornou-se um fenômeno de massa e tem como alvo protestar contra a política do governo de receber milhares de fugitivos das guerras e conflitos nos países muçulmanos.
Em Dresden, Leipzig e no Leste de Berlim, os ativistas e dissidentes começaram a “revolução pacífica” que resultou na queda do Muro de Berlim, em novembro de 1989, indo às ruas protestar usando o slogan “wir sind das volk” (nós somos o povo). Hoje o alvo dos protestos, que mantêm o mesmo slogan, são os fugitivos das guerras civis no mundo islâmico.
“Eles significam um perigo para o futuro dos alemães”, reclamou uma das manifestantes.
O movimento que é controverso, para o cientista político Werner Patzelt, de Dresden, a população do Leste se vê como vítima da imigração muçulmana, embora na cidade, capital do estado da Saxônia, apenas cerca de 2% da população sejam de imigrantes ou seus descendentes. O Pegida está se expandindo também para o Ocidente, onde a adesão, porém, é muito menor do que o número de pessoas que vão às ruas protestar contra a nova onda de xenofobia.
Enquanto o Pegida vê uma infiltração de muçulmanos no Ocidente, em Gölitz, também no Leste, o investidor Winfried Stöcker, dono da maior loja de departamentos da cidade, defendeu em entrevista ao jornal local a “expulsão de todos os negros que vivem na Alemanha”. Ele também é dono da empresa Euroimmun AG, que tem 1.700 empregados em 50 países.
Segundo o bispo de Görlitz, Wolfgang Ipolt, as manifestações de xenofobia estão “envenenando” o Leste.
“É uma falta de respeito usar a mão de obra das pessoas de outros países e, ao mesmo tempo, tentar impedir que elas vivam na Alemanha”.
Frauke Petry, porta-voz do partido Alternativa para a Alemanha, uma agremiação anti-euro com elementos de extrema-direita, diz que o Pegida é um movimento patriota como outros na Europa.
“Devido ao nosso passado, tudo o que tem a ver com patriotismo desperta suspeita na Alemanha”, diz Petry.
A cientista política Lamya Kadar, descendente de imigrantes muçulmanos, vê o grupo como uma iniciativa repleta de ódio, que tem como principal objetivo propagar a aversão à minoria muçulmana.
“Quando eles falam nos islamistas extremistas, não querem dizer apenas os fundamentalistas, mas todos os muçulmanos, também os nascidos na Alemanha. O Islã faz parte da Alemanha, como disse o ex-presidente Christian Wulff. A Alemanha precisa aceitar a minoria muçulmana definitivamente como alemã”, afirma ela.
Segundo analistas, o Pegida é uma manifestação de xenofobia em reação à explosão do número de refugiados. Depois de receber cerca de 200 mil pessoas em 2014, a Alemanha aguarda cerca de 300 mil no próximo ano. Com a guerra civil na Síria e o avanço dos jihadistas do Estado Islâmico no Iraque, aumenta também a corrente de fugitivos em busca de segurança na Europa, sobretudo na Alemanha, onde são recebidos com infraestrutura organizada, mas com desconfiança.
Em Berlim, a prefeitura está construindo aldeias de contêineres para abrigar os fugitivos. A primeira deverá ser inaugurada em breve. Formada por 350 contêineres, com camas, minicozinhas e banheiros coletivos, têm capacidade para 400 pessoas e fica em Marzahn-Hellersdorf, na antiga Berlim Oriental. O bairro é um dos maiores do país e tem só 2% de estrangeiros.
Uta Sternai, diretora de três centros de refugiados em Berlim, vê com preocupação a nova onda de xenofobia. Segundo ela, a resistência da população, devido a um temor de redução do padrão de vida, é instrumentalizada pela extrema-direita.
Fonte: O Globo
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